78º Edição Anual dos Jogos Vorazes
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78º Edição Anual dos Jogos Vorazes
 
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 Distrito 04

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Amethyst Portshore
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Amethyst Portshore
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MensagemAssunto: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeTer Mar 14, 2017 1:10 pm

Relembrando a primeira mensagem :



DISTRITO 4

Distrito 04 - Página 26 D410

"O Distrito 4 é um dos distritos mais ricos de Panem. Sua indústria é a pesca, que é útil para os tributos nos Jogos Vorazes: eles têm experiência na utilização de redes e tridentes, formando anzóis a partir do zero, são bons nadadores, e sabem identificar a vida marinha comestível. "


Antecipando os dias da Colheita, o ambiente no Distrito 4 estava longe de ser tenso. Os mais fracos sempre se sentiram seguros por saberem que sempre terão os Carreiristas como voluntários, porém o voluntariado aqui não era tão comum quanto nos outros distritos carreiristas.


ATENÇÃO: Utilize este tópico para interagir dentro do seu Distrito (sozinho ou com o seu companheiro de Distrito). Pode falar de tudo, desde do que está fazendo até ao que está sentindo. Aproveite para desenvolver a história do seu personagem. A postagem não é obrigatória, mas apenas a faça se tiver a certeza que não mudará o distrito e ocupação do seu personagem depois. E lembre-se: O seu personagem ainda não foi escolhido na Colheita.

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Zora Greyport

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeSeg Nov 06, 2017 6:42 pm


ZORA ₲REYPORT
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

Pensava que depois de ouvir a revelação do meu pai nada me apeteceria mais que treinar a dobrar. Afinal, não importa o quanto ele me irrite, o quanto me tente tirar esta ideia na cabeça, ele no fundo sabe que é ele exatamente a razão por eu estar a fazer o que estou a fazer. Mas em vez de seguir pelo lado direito do cais em direção à Clareira, tomo o caminho oposto.

A minha cabeça estava pesada e o meu corpo, mal descansado da noite anterior, talvez merecesse o descanso que Sidon tanto insistia em que eu lhe desse. Meus amigos estarão todos ocupados até bem tarde com o que é um dos dias mais importantes na academia na preparação dos próximos carreiristas, pelo que tampouco lhes farei falta.

O caminho que faço não é muito longo, mas é suficiente para o sol quente do Distrito fazer secar minhas roupas por completo. Desço as escadas de pedra que separam parte do cais de uma pequena praia, onde as instalações do meu amigo Abel se estendiam a partir de uma plataforma de madeira montada por cima das ondas, ocupando uma boa área  do oceano. Tal como esperado, avisto-o perto da sua cabine de madeira perto das dunas, debruçado sobre um livro. Aproximo-me em passos lentos do homem, debruçando-me sobre a mesa para tentar perceber o que ele estava a ler.

— Hey Abel! - acabo por dizer, quando ele demora a notar a minha presença. O homem mais velho levanta a cabeça do livro e ajeita os óculos, olhando bem para mim antes de me cumprimentar de volta.

— Zora! Já há uns mesitos que não passavas por cá, hein? Ainda treinando? - ele responde, levantando-se para me dar um aperto de mão.


— É... esses últimos meses têm sido complicados, desculpa. - esfrego o cabelo, desviando o olhar para trás - Como têm corrido as coisas por aqui?

— Bem, não há muitos candidatos que queiram preencher a tua vaga... e quando há, nao duram muito tempo. -Ele responde, exagerando uma voz dramática - Mas felizmente não têm havido percalços.

— Ainda bem. -suspiro, voltando o olhar para ele - Mas se quiseres, eu posso ir dar uma olhada lá agora.

— Não devias estar a treinar, menina? Não é amanhã o grande dia? - ele franze o sobrolho, levantando-se da cadeira e colocando os seus óculos em cima da mesa - Isso recorda-me que tenho uma coisa para ti.


— Talvez devesse, mas decidi tirar o dia para dar uma volta por aí. 'Pra manter a memória fresca de onde venho, antes de partir amanhã para a Capital. -encolho os ombros, seguindo Abel com o olhar enquanto o homem se desloca até à cabine de madeira e regressa. - O que é?

Abel aproxima-se de mim em passos lentos, afastando meu cabelo do pescoço com alguma dificuldade. Com a outra mão, ele faz passar à volta do mesmo uma cordel húmido que me faz arrepiar ao toque. Após dar um nó, ele volta a se afastar.

Sorrio para o homem e aproximo-me para lhe dar um beijo na bochecha, agradecendo o presente. Tento puxar o cordel com cuidado do meu pescoço, fazendo um esforço para olhar para baixo e perceber o que era. Pendurado no fio, estava um dente de tubarão.

— Algo que encontrei na colheita de hoje. Para te lembrar de onde vens. - O homem esboça um sorriso meigo, antes de se voltar a sentar na cadeira.


Girls are not meant to fight dirty
Never look a day past thirty
Not gonna bend over and curtsey for you

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Leviathan Gamlen

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeSáb Mar 10, 2018 2:46 pm


Leviathan Gamlen

Estou e a minha mãe sentados à mesa para jantar, quando o som caraterístico da TV da Capital soa juntamente com o acendimento automático da mesma, iluminando desnecessariamente a sala. Era absurdo o tamanho do aparelho, que sendo obrigatório estar presente em todas as casas, ocupava um espaço enorme na nossa amostra de casa. Uma sala que servia de cozinha, uma casa de banho e um quarto. Era o que constituía a nossa casa, tudo de dimensões mínimas. Mas quando a tua mãe é fugitiva e tens de arranjar um sítio para ficar na zona mais discreta e menos habitada possível, não importa se és o preferido do Clube de Luta e se tens dinheiro para algo melhor ou não.

Apesar de ser de visualização obrigatória, nem eu nem minha mãe alguma vez prestamos muita atenção aos Jogos - temos muitos outros problemas mais graves com que nos preocupar. Mas com Slash fazendo parte do grupo deste ano, desta vez teria que ser diferente. Tanto eu quanto ela sabíamos que assim que Slash metesse o pé na poça e revelasse algo sobre o que acontecera na casa de Bardo, ou sobre mim, eu também teria que fugir do Clube de Luta. E sem eu servindo de cavalo de Tróia para a minha mãe lá dentro, as coisas se complicariam muito para nós dois. E saber que isso depende de Slash fazer ou não fazer merda, não me deixa nem um pouco seguro.

Hoje, sendo a noite da entrevista e a etapa mais propícia a que Slash estrague tudo, tenho que estar ainda mais atento. Mesmo com toda a baboseira que os primeiros Carreiristas fazem durante sua vez, nem isso alivia a tensão que se havia instalado na nossa sala. Nem quando Zora, minha amiga se apresenta ao palco. Talvez se fosse uma ocasião normal, eu estaria feliz por vê-la bem. Quiçá até estaria rindo do facto de ela estar a usar saltos altos. Mas os nervos que Slash me estava causado não mo permitiam. Assim que pela ânsia de chegar a sua vez, mal consigo prestar atenção a Zora.

Quando chega sua vez, me prendo a cada palavra. A cada gesto que ele faz. Nem eu nem minha mãe conseguimos meter um único pedaço de alimento à boca, até ao momento que Caesar dá por terminada sua entrevista. Momento em que ambos suspiramos de alívio e eu até dou um leve murro na mesa, para aliviar a tensão. Felizmente, Slash não tinha revelado nada. Suas respostas foram tão vagas que nem dava para alguém suspeitar.

Depois de uns bons momentos de silêncio em que aproveitamos para terminar a refeição, minha mãe decide falar.

— Como vais fazer? Para o ano, se a Academia te escolher. - É a pergunta que ela decide fazer, totalmente do nada.

— Não vão escolher. - Simplesmente respondo, levantando-me para ir lavar os pratos.

— Não tens como ter a certeza. Precisamos pensar em um plano caso aconteça.

— Não vão, mãe. Não importa o quão bem me saia na avaliação em corpo a corpo, quando sou medíocre com o mangual.

Obviamente, meu plano ao inscrever-me na Academia nunca foi ir para os Jogos.  Mas sim primeiro, dar uso ao dinheiro que ganho no Clube de Luta e em segundo, aprender uma arma aqui para utilizar no Clube quando necessário e que não me ligasse à minha mãe. Não há muita gente que perceba de bestas no Quatro, estaria praticamente me entregando. Em terceiro, mas mais importante que as outras duas, era fazer-me passar por um cidadão comum. Ganhar uma identidade fora do Clube.

— Nunca te viram com uma besta?

Levanto o olhar para a besta totalmente negra que estava pendurada numa das laterais de um dos móveis da sala. Dentro de uma das gavetas do móvel, escondido por baixo de um monte de talheres e outros utensílios de cozinha, estava um pequeno estojo cheio das seringas que minha mãe utilizava como munição em vez de virotões. Cada seringa ainda repleta com o seu cocktail de soníferos com inibidores de memória, para caso de alguma urgência.

Ter ido com Slash e seu irmão à casa de Bardo naquela noite foi suficientemente arriscado. Fui obrigado a usar a arma da minha mãe -apenas as seringas, mas mesmo assim - contra Leonidas, arma essa que se qualquer, mas qualquer alminha dentro do clube reconheceria como sendo dela - era sua imagem de marca, afinal. E só ela sabe a fórmula para fabricar tal coisa. Mas foi um risco que tomei, era isso ou Leonidas se lembraria da minha cara depois - o que seria muito, mas muito pior.

— Não. Nem vão. Já discutimos isso, não te preocupes.

— Ótimo. Fica especialmente atento lá no clube, só para o caso de Bardo não estar mentindo. Vá que Mortimer não vá ter a mesma ideia triste.

— Por favor mãe, nem pareces tu. Claro que Bardo estava mentindo. Tu própria me pediste para me lembrar de Bronte no outro dia, sabes muito bem como eles não querem nem podem ter absolutamente nada a ver com a Capital.

— E por isso o mataram, mataram Bronte que estava ligado à Capital. Na minha opinião, algo muito mais arriscado que deixá-lo lutar. Eles não são propriamente conhecidos por tomarem as decisões mais inteligentes.

Eu sinceramente duvido que Mortimer fosse fazer uma borrada de essas. Se realmente lhe passasse tal estupidez pela cabeça, terá que o fazer sem mim. Ninguém no Clube de luta sabe o meu verdadeiro sobrenome. Meu nome anunciado na Colheita entregaria minha mãe para eles, com o registo de sangue que nos fazem nem teria como o esconder. E nem que me fodam deixo isso acontecer.

— Vai descansar um pouco que eu trato do resto, mãe. E não te preocupes. Sabes que estamos sempre um passo adiantados em relação a Mortimer, e assim continuará a ser.

E não poderia ser de outra forma. Eu nunca permitiria um único descuido, não quando sei bem que Mortimer seria capaz de qualquer coisa para ter de volta a sua Informadora predilecta.


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Cutter Airsmith

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeTer Mar 20, 2018 1:49 pm


Cutter Airsmith
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


As coisas estão absurdamente agitadas no Distrito 4. Os Jogos Vorazes tem feito com que os habitantes, todos, voltassem seus olhos para a Arena. Até mesmo o número de crianças matriculadas para o próximo ano havia subido. O impacto que Slash e Zora estavam causando era mais do que positivo, algo completamente notável até mesmo na tabela de popularidade.

O que não estava nada bem eram os pais de Slash. Tinha certeza que a tia entraria em maus lençóis se algo acontecesse com ele, principalmente após a morte de Margaery. Durante todos esses dias estive questionando Sharpen sobre tudo. Apesar de estar abalado, Sharpen parecia mais alerta, preocupado, olhando com medo até da própria sombra ao andar pelo Distrito.

Na noite em que Slash e Zora tiraram uma nota 12 na avaliação, sai tomar uma cerveja com os amigos de tão feliz que havia ficado por eles, e enquanto caminhava pra casa, vi algo suspeito. Quentin entrando em alguns becos com uma lanterna na mão. Não pude deixar de segui-lo. Fazia muito tempo que não o via, mas pude jurar tê-lo visto com Slash algum dia desses...

Entro no beco e sinto alguém tentando puxar meu braço pra trás. Desarmo o rapaz e coloco minha mão sob seu pescoço, enforcando com os dedos. Era Quentin.

- Que merda é essa, Quentin?! - rosno, levantando-o do chão.

Ele tenta empurrar minhas duas mãos para trás, então o solto, aguardando uma explicação.

- PORRA! - ele diz, tomando ar. - Não é atoa que você era o mais forte na academia, Treinador. - ele sorri, me olhando de baixo pra cima. - Eu moro aqui. Mas e você?! Esse não é um bairro no qual quer estar depois das onze.

- O que está acontecendo? - pergunto, ignorando-o. - Ou melhor. O que aconteceu com Margaery?

Ele parece assustar com a pergunta.

- Também quero saber, galã. Agora, tenho que ir pra casa.

Antes que Quentin pudesse recuar, puxo-o de volta pelo braço.

- Se descobrir, me contate imediatamente.

- Boa noite, Airsmith.

Ele puxa seu braço de volta e adentra o beco. Seja como for, eu sabia que se começasse a investigar o que aconteceu com minha prima estaria mexendo dentro de um formigueiro, e sinceramente, não sei se gostaria de saber o que aconteceu com ela, ainda mais sabendo que a maior causa disso tudo era Slash.
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Quentin Pullover

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeQua Mar 21, 2018 11:26 am


Quentin Pullover
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Cada dia que passava era uma tortura maior que a outra. Ter perdido minha família, a academia, e agora Margaery. Tudo parecia que havia ido por ladeira abaixo. Não era como em um filme onde você podia dar replay e viver as partes boas novamente. E o pior disso tudo era saber que eu tinha feito a merda ao levar Margaery para ver Slash. Quis causar uma briga entre os dois, e isso causou a morte da mulher que eu amava. Amo.

Faziam dias que eu não comia nada, não dormia, nem mesmo dava atenção para Salmos. Durante todos esses dias, havia espancado três caras para obter informações sobre quem quer que possa ter matado Margaery. Não havia sido Bardo, nem mesmo os babacas que estavam na casa dele. Eu sabia que estava mexendo em um formigueiro, mas não pararia enquanto não encontrasse um culpado. Eu precisava achar paz.

Tenho evitado até mesmo ir ao clube de luta, só tenho buscado restos de carcaça entre os becos do evento para conseguir alguma informação. Essa última noite, tinha sido realmente exaustiva.

Chego em casa, abro a porta de madeira velha e me jogo no sofá. Salmos vem em minha direção e sobe no meu colo.

- E aí pulguento. Ainda nada. - digo a ele.

Meu cachorro lambe minha mão e repousa a cabeça no meu colo. Pelo o controle e ligo a TV, sem nem ao menos conseguir me mover.

A TV Capital mostrava todos os detalhes do início do banho de sangue. A Caverna se iluminava de uma forma que era difícil de ver o que os tributos veriam pela frente. Meu rosto se contrai num sorriso malicioso ao ver Slash se posicionando para a contagem.

- É bom que mate pelo menos uns dois nesse banho, caso contrário, todo nosso treinamento vai por água abaixo. - gargalho, pela primeira vez em dias.

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Sharpen Airsmith

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeSeg Mar 26, 2018 2:30 pm


Sharpen Airsmith
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Nunca pensei que seria capaz de ficar noites sem dormir. Depois da morte de Margaery, a ida de Slash aos Jogos e também o anúncio de uma casa queimada com corpos de pessoas que já estavam mortas, eu sentia que não estava batendo bem da cuca.

Levanto com o barulho da porta de casa sendo tocada por alguém. Lembro-me de quando vieram sequestrar Margaery. Um único cochilo lhe custou a vida, e agora, por conta disso, nem meus pais dormem. A dor de perder duas pessoas em suas vidas seria um baque muito grande pra ambos. Minha mãe pela perda, e papai pela mamãe. Apesar de estar tentando ser o pilar, eu sabia que não servia nem pra burro de apoio no momento. Nossa única fé estava depositada em Slash, agora indo em direção a um matadouro pra ver quem mata mais.

Fico me lembrando das imagens da filha de Bardo sendo morta por mim, vezes e mais vezes, martelando na minha cabeça. Como algum vitorioso seria capaz de viver bem pra começo de história? Sabendo de todo o banho de sangue, massacre e tortura que passou, como é possível? Mesmo sendo treinado pra isso na academia, é ainda uma incógnita pra mim.

Meus pais estavam no trabalho, ou tentando ocupar a cabeça com alguma coisa, mas eu sabia que os Jogos começariam daqui a pouco e o foco deles se tornaria em ansiedade por meu irmão. Abro a porta de casa. Era Cutter, carregando um fardinho de cerveja.

- Que olheiras horríveis são essas, Tubarãozinho? - ele pergunta, com um sorriso no rosto, exibindo a bebida. - Trouxe algo pra gente ver quantos seu irmão vai matar hoje.

Deixo que Cutter entre. Não podia contar pra ele o que aconteceu, mas ele deve imaginar, já que eu devolvi um arco quebrado pra academia naquele dia.

- Cara de quem não dorme. Ainda tô de luto. – respondo.

Cutter pega o controle da TV e liga.

- Vai começar! Venha, sente-se. - ele abre duas latinhas de cerveja e coloca uma na minha mão.

- Você nunca me deixou beber, por que agora? E se o pai e a mãe chegar...

- Por Deus, Sharpen! - ele diz em voz alta. - Já vimos a morte de perto. Slash já esteve ausente por mais de 5 meses. Eu matei três Pacificadores e Slash dois durante a Grande Guerra. Você acertou um deles no peito pra que eu finalizasse. Vimos inocentes morrendo diante dos nossos olhos. Isso lá é hora de ficar pensando nisso?!

Fico encarando meu primo, tentando absorver suas palavras.

- Eu sei, mas com Margaery foi diferente...

Ele estende novamente a latinha de cerveja pra mim. Podia ver seus olhos se encherem de lágrimas.

- Por favor. Podemos apenas assistir seu irmão? Margaery não está mais entre nós, mas podemos torcer para que Slash retorne vitorioso.

Sorrio, tomando a cerveja da sua mão e brindando.

- Por Slash. - grito, virando toda latinha de uma única vez.


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Sharpen Airsmith

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeSeg Abr 23, 2018 9:35 am


Sharpen Airsmith
▬▬▬▬▬⚓️▬▬▬▬▬


Minha cerveja já estava esquentando. Essa já era a terceira latinha que eu mandava goela abaixo em pouco mais de cinco minutos. Mas não só eu, Cutter também estava ansioso. Vejo meu irmão ser o primeiro a chegar na Cornucópia. Cutter e eu fazemos um brinde e viramos uma latinha, sorrindo, em seguida vejo Slash fazendo algo do quel nunca imaginei que faria.

- Ele salvou o carreirista do '1? Que porra é essa?! - digo, levando minha mão ao rosto.

- Provavelmente são aliados agora. - Cutter comenta, atento à luta.

Vejo Slash cravar o tridente nos braços do rapaz, que tenta revidar, mas sem sucesso. O cenário muda e vejo a reprise da morte que Caelia causou com seu machado, uma aranha explodindo uma garota e então o rapaz do Distrito 13 matando uma menina com uma flecha certeira na cabeça. As mortes eram violentas, mas o adversário do meu irmão tinha decidido que não acabaria por isso. O tributo do Distrito 2 também matou, não só um, como ambos tributos do mesmo distrito.

- Cara... O '10 vai odiar esse aí. - comento. Cutter assente com a cabeça.

Finalmente meu irmão derruba o rapaz e... BOOM. Apagou.

- Será que foi a TV? - me levanto, indo até a tela.

- Sharpen, espera. - Meu primo diz, e então ouvimos um uivo vindo da tela. Pela câmera, era possível ver a posição de cada um dos tributos, finalmente. Eles permaneciam parados, alguns se movimentavam e então um outro uivo.

A luz volta e consigo identificar a carreirista do '2 muito machucada, e o rapaz do Distrito '11 morto. Slash tinha sangue escorrendo em seu tridente. É aí que Cutter comemora sua primeira morte.

- Não podia esperar menos, Slash! - ele grita, virando sua latinha amassada de cerveja de uma só vez.

Não sabia ao certo o que dizer. Estava feliz por ver que meu irmão estava bem, mas com receio de saber que ele ainda poderia estar pensando em toda a merda que aconteceu um dia antes da Colheita.


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Leviathan Gamlen

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeDom Ago 30, 2020 7:52 am


Leviathan Gamlen
Counselor, give me some advice
Tell me how hard will I fall if I live a double life?

 Depois de anos treinando de dia na academia e lutando de noite para o clube, eu não imaginaria que a época em que estaria mais exausto fosse exatamente quando ambos esses lugares estão fechados. Na academia, os dias dos Jogos Vorazes são passados apenas a assistir aos próprios jogos, não só como forma de acompanharmos o percurso dos nossos antigos colegas como também para aprendermos com os seus possíveis erros. Já o clube, se antes era um local incógnito, durante esta época conseguia se esconder ainda mais nas sombras. Com a obrigatoriedade de assistir aos Jogos e com o aumento de Pacificadores garantindo que assim o fazemos, ninguém quer arriscar organizar lutas ilegais e depois não ser apanhado em casa. Num ano normal, esta seria a altura sagrada do ano em que consigo ter um pouco de descanso e tempo para organizar o nosso ponto de situação lá em casa, mas esta edição era diferente. Não bastava estar em casa com a emissão dos jogos fazendo ruído de fundo – os meus olhos não conseguiam desviar-se do ecrã por mais que uns segundos. De um lado, tenho um dos meus amigos mais próximos lutando pela sua vida e do outro, alguém que basta dar um passo em descuido ou escolher as palavras erradas que terá a consequência de invalidar todo o meu trabalho até hoje de me manter o mais em incógnito possível. Bastava o Slash mencionar o clube de luta e teríamos todos os pacificadores à porta do clube no dia seguinte. Bastava ele mencionar o meu nome que no minuto seguinte eu teria que fugir com a minha mãe para outro lugar e eu nem sei para onde. E a ansiedade que vinha ao de cima pro teres o rumo da tua vida – ou ela própria – depender do descuido ou não de alguém já se tornava impossível de lidar.

 Com uma menor densidade de informantes e consequente menor controlo em seus lutadores, durante esta época do ano todos nós temos um lugar específico no Distrito atribuído a nós, onde devemos passar a certa hora todos os dias – e onde estará um dos pupilos de Mortimer caso ele necessite de nos comunicar algo. Até hoje, ter ido até lá tinha sido sempre perda de tempo, mas dessa vez eu tinha um convite do meu orientador. Ele tinha convocado todos os seus lutadores para discutir um assunto do clube. Para mim isto não era surpresa alguma – afinal, Bardo havia morrido num “acidente” que não deu nada pouco nas vistas e ainda ninguém do clube tinha tido oportunidade de discutir o assunto por conta do começo dos Jogos Vorazes. Agora, mesmo com o clube ainda fechado as coisas já estavam ligeiramente mais calmas e era um assunto que simplesmente não podia ser ignorado, pelo que eu sabia que era apenas uma questão de tempo. Não que isso evitasse que um enorme aperto no peito tomasse conta do meu corpo - mesmo tomadas todas as precauções, eu tive um papel na morte de Bardo nessa noite. E mesmo não duvidando que Mortimer tenha celebrado a morte de Bardo, a cena colocava-me na mesma equipa que Slash, Quentin e o seu irmão. Não fazia sentido alguém de um orientador diferente se juntar à festa. E o que temos todos em comum para além disso? Sermos todos membros (ou ex-membros) da academia.

 Mas ele não tem como saber. O único que me viu naquela noite foi Leonidas e eu apliquei-lhe um inibidor de memórias. Tamara sabia que eu pertencia à academia, mas ela está morta. Ela podia até já ter contado a Bardo mas ele também está morto. E ele de certeza que não contou a Mortimer, porque uma bomba como essas teria que ser guardada para pedir algo em troca que valha mesmo a pena e algo desse género já teria percorrido o clube.

 Cada dia questionando o porquê de eu ter decidido me juntar à academia e se realmente tinha essa decisão tinha sido justificada. Tempos diferentes, em que eu era mais novo e com menos noção do que isso implicava. Não imaginaria o quão obcecados por não serem ligados à Capital o clube acabaria por ser depois da guerra. Do quanto o cuidado deles aumentaria. Amachuco o papel dizendo as horas para estar no clube com a minha mão, soltando um longo suspiro. Não há que pensar em evitar desculpas ou justificações – terei apenas que ouvir o que Mortimer tem a dizer, como se fosse a primeira vez que estou a saber do assunto.


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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeSeg Set 07, 2020 8:57 am


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Chego à porta do compartimento de Mortimer cerca de 15 minutos antes da hora estipulada. A mim junta-se Vicki e o resto dos lutadores que partilham o azar de ter o mesmo orientador que eu. Alguns refugiados da guerra vindos de outros distritos, tal como veio Vicki do Sete e Kraig do Um, achando que teriam algum futuro no Quatro que não este. Outros cá de casa mesmo, que não sabiam onde se meter para ganhar a vida e agora não têm como sair. Com toda a confusão durante a guerra alguns tiveram a sorte de conseguir escapar, algo que não posso dizer sobre mim mesmo. Outro desses infelizes é Rolf, o único do nosso grupo que já cá estava na época em que a minha mãe trabalhava para Mortimer – o que me deixa sempre suspeito quando estou perto dele, mesmo não sabendo se ele alguma vez chegou a descobrir quem eram as informantes de Mortimer.

Mortimer chega à entrada do seu compartimento todo agitado e carregando um monte de tralha que ele atira para o canto assim que entra na divisão. Ele grita para que lhe demos espaço e só passado mais uns minutos é que temos permissão para também entrar. A esta altura, Mortimer estava sentado na sua secretária com os pés em cima da mesa e pede-nos para nos instalarmos – mas sem quase nenhum lugar para sentar dentro desse cubículo, a maioria de nós permanece imóvel com os olhos postos nele, os outros de certeza esperando uma explicação para esta convocatória repentina.

— Ahh, meus caros pupilos... – ele começa, quase cantando – que saudades eu já tinha de todos vós. Assistir aos Jogos Vorazes perde a graça quando vemos lutas bem mais interessantes aqui dentro, não é verdade? Ainda mais quando estas enchem os bolsos e as da Capital não.

Escuto Kraig Kurtus urrar, batendo com o punho na parede, sem ter a certeza se ele estava a concordar com o que Mortimer havia dito ou se estava impaciente por chegar ao ponto de tal encontro. Qualquer opção me parece válida quando se trata de Kraig Kurtus, que tudo o que tinha em músculo perdia em inteligência – ainda me pergunto como raios ele está vivo, com a forma dele agir para com Mortimer. O nosso orientador solta um riso seco, talvez entendendo melhor o rapaz que eu.

— Pronto, pronto... já percebi que estão todos confusos acerca de vos ter chamado nesta altura tão... perigosa.

Ele semi serra os olhos forçando uma expressão medonha, mas com o que ele disse fico apenas mais alterta acerca da minha expressão facial – não importa o que ele diga, eu preciso saber reagir como se fosse a primeira vez que estou sabendo do assunto.

— Tá bom. Eu vou direito ao ponto então. A verdade é que o nosso querido..., não, amado! Honesto! Humilde! Ser mais maravilhoso deste universo... oh, Bardo, porquê tu!? Devia ter sido eu! Devia ter sido eu naquele incêndio...

Mortimer balbucia cada palavra tão forçada que eu preciso olhar pelo canto do olho para os meus colegas para saber como imitar a expressão deles e não passar suspeitas.

— Pois é, meus caros pupilos, o nosso querido amigo Bardo está morto... e eu estou tãããããão cheio de pena que não me consigo conter. AHAHAHAH!  - ele bate com o seu gancho na mesa ao gargalhar, e precisa de uns bons segundos para se recompor, coisa que ele faz com um longo suspiro para recuperar o fôlego - Infelizmente, é aí que as boas notícias acabam. Não me levem a mal, eu estou mega feliz por não ter que ver a cara do gordo nunca mais na vida, maaaaas... agora precisamos de analisar o que isso implica para o clube. Por isso que vos chamei aqui.

Estranhamente, tirando a voz de Mortimer a sala estava num silêncio completo. Nem mesmo os grunhidos típicos de Kraig Kurtus se faziam ouvir. Resistindo à curiosidade de espreitar as expressões faciais da reação dos meus colegas à notícia, mantenho os meus olhos fixos em Mortimer e no que ele tem para dizer.

— Primeiro que tudo, quem fez o trabalhinho é mais amador que algum dos pirralhos que vejo nesse clube. O incêndio até pode ter feito a morte de Bardo parecer acidental, mas quem o provocou esqueceu que os cachorrinhos de guarda dele não o deixariam chegar perto sem uma boa luta. Urso e Leonidas ambos morreram também no incêndio, mas o Urso apresentava marcas de combate bastante... insólitas. Mas a cereja no topo do bolo foi a filha de Bardo, que foi encontrada morta noutra divisão da casa com feridas muito mais viscerais que qualquer incêndio pudesse provocar. Eu sabia que Bardo tinha muitos inimigos, mas nossa! Os tomava por mais inteligentes que isso. É claro que a falta de cuidado elimina logo a possibilidade de serem pacificadores, mas deixa-nos a pensar que tipo de intenções tal feito fosse ter, não é verdade? Bem, voltaremos a isso mais tarde. É que isto nos leva a um probleminha um tanto maior...

Afinal Leonidas estava morto. Preciso me conter para não respirar de alívio – ele era a única peça que me podia ligar tanto à cena como à minha mãe. Desta forma, não havia razão alguma para Mortimer sequer desconfiar de mim.

— ...Aquele tal de Phoenix. O novo cachorrinho do Bardo, fazia tudo o que ele dizia. Vocês não acham estranho ele ter se voluntariado para os Jogos quando a nossa primeira regra é zero ligações à Capital? Alguém consegue adivinhar o porquê? Hum? HUM? – Mortimer estava agora levantado, caminhando pela sala de braços atrás das costas e analisando a expressão de cada um de nós. Meus olhos seguiam os seus movimentos incansavelmente, me esforçando para manter uma expressão impossível de ler, mesmo quando ele menciona a alcunha de Slash. Ninguém ousa responder à sua pergunta.

— Valha-me a santa... – ele leva a mão à testa, desesperado pela falta de respostas– Ainda bem que oriento lutadores e não cientistas. Então, com a morte de Bardo sendo tão anterior à Colheita, só há uma opção que faça sentido, não é verdade? Está claro que este é o último esquema do desgraçado, para levar todo o Clube de Luta para a cova com ele! Bardo tinha noção dos inimigos que tinha e de que era uma questão de tempo até ir desta para melhor. Ele obrigou Slash a se voluntariar na promessa de uma merda qualquer que não interessa agora, pois o único intuito dele com isso era por saber que mais cedo ou mais tarde Slash iria descuidar-se e revelar alguma coisa do Clube de Luta em direto da Capital para toda  Panem. Bastaria uma palavrinha ou outra e o sacana nos tramaria a todos. Como bom cachorrinho que ele é, Slash não hesitaria em se voluntariar, mas com o pouco cuidado que ele mostrou ter desde o segundo que ele pôs os pés nesta porra de Clube, Bardo sabia muito bem que será apenas uma questão de tempo até ele meter a pata na poça. E mesmo que ele POR ALGUMA SORTE não diga nada.............. se ele ganhar, vai ter os olhos postos nele, sua vida cá no Quatro vigiada a quase cada passo. E isso inevitavelmente traria o Clube ao de cima, mais cedo ou mais tarde. O que significa....

O orientador dá meia volta e inclina-se sobre a sua secretária, com a mão apoiando o queixo e um enorme sorriso torto que me trazia questões acerca do quão realmente preocupado Mortimer estava sobre o Clube, ou se ele tinha qualquer amor ao perigo que eu desconhecia ainda.

— ...que Slash não pode ganhar esses Jogos por nada.


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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitimeTer Set 08, 2020 11:16 pm


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Minhas mãos tremiam em cima da mesa, já por muito impaciente. Slash e Zora já estavam dentro dos Jogos Vorazes há um tempo, nem mesmo havia conseguido dormir na noite anterior assistindo aos dois. Por mais que gostasse de Zora, Slash era família, não tinha o que fazer. Era ele quem eu queria que vencesse.

Podia ver que a independência do meu primo e sua confiança em saber o que precisava ser feito, independente de mais nada, era o que o trazia a coragem de voltar pra casa. Mas ao mesmo tempo, sinto que se as coisas não mudarem como estão, o fim pode ser muito mais perigoso do que consigo imaginar.

No segundo dia de manhã deu uma caminhada para espairecer, sentia que precisava me dar esse presente. Desde que saímos da guerra e Slash do coma, eu não sentia essa tensão percorrendo minha coluna.

Chuto uma lata de cerveja no caminho de volta pra casa, mal percebi que já tinha andado todo o lado do Distrito. E o pior era que Slash sempre andava por esses lados. Quando me pego olhando para o lado vejo um homem velho e mal encarado. Nossos olhos se encontram, encaro seu gancho na mão perdida e pude jurar que o ouço resmungar.

Será que... Slash? Porra.

Volto pra casa correndo, ao chegar, vejo meu primo pela TV, junto com os outros sobreviventes.

- Caralho, que susto.

Estava tão preocupado em assistir meu primo pela TV que não tive tempo nem de pensar sobre quem era aquele homem.

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MensagemAssunto: Re: Distrito 04   Distrito 04 - Página 26 Icon_minitime

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